terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Diz-me quantas vezes fazes, dir-te-ei…

Diante a liberdade sexual crescente, os Senhores do costume, acharam que tinham que dizer qualquer coisa, pegaram na bíblia das patologias, o DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria) e fizeram de sua justiça. Em 1980, na 3ª edição do DSM-III, lá estava a "sexual addiction". Entretanto, na 4ª edição e na 5ª, que será publicada em 2013 a "sexual addiction" desapareceu. Quer isto dizer que deixaram de entrar nas nossas cabecinhas perversas (vida sexual) e prescindiram de nos dizer o que é certo e errado, normal ou patológico? Com certeza que não! Imbuídos da sua autoridade moral juntaram-se para declarar que não passamos de uns tarados (espero eu).

A cada nova edição do DSM a linha que separa o normal e o patológico esbate-se, e comportamentos e afectos num instante se transformam em patologia a necessitar de tratamento.

Agora, segundo se prevê, a “sexual addiction” foi rebatizada, passando a chamar-se “transtorno hipersexual”. Dentro deste gravíssimo distúrbio psiquiátrico vamos encontrar o EXCESSO de fantasias, impulsos e comportamentos sexuais acima da frugalidade recomendada.

Quando entramos nos critérios quantitativos somos levados a pensar que estes “experts” não são desprovidos de humor. Assim, se você passar entre 30 minutos a 2 horas por dia absorvido por fantasias ou desejos e quiçá os realiza, ora masturbando-se, ora com um parceiro (cuidado – masturbação entre parceiros não está incluída), entre duas a cinco vezes por semana, fique descansado, o seu caso é de severidade média!

Tudo isto não passaria de uma piada, se não fosse verdade.



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psicologia clínica

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